Friday, February 17, 2006


Perdida entre viagens atribuladas «São João da Madeira-Porto - Porto-São João da Madeira», respirei fundo já no comboio rumo a Aveiro, às 20h35 do dia 14 de Fevereiro, que segundo a experiencia da isa demoraria exactamente uma hora e dois minutos a lá chegar.
E assim foi.
Preparava-mo-nos então para ignorar o festejo daquele dia e gritarmos pelo Dia Nacional do Doente Coronário (bem mais interessante...). Depois de rever as minhas «gentes» de aveiro e de conhecer outras gentes que por ali passavam, tivemos o dito golpe de sorte de encontrar um amigo à muito desaparecido que nos levou para o Porto (a bela cidade do Porto...) num carro comercial (pelo que metade da viagem foi sentada no banco do carro, outra metade algures pela mala do mesmo..) onde prolongamos a noite que em aveiro acabava às 2h. E depois de quatro horas de sono, a quarta feira prolongou-se com amigos, vizinhos, conhecidos... que se juntavam para a chamada 'festa da maluqueira', depois de ter ido assistir ao baptismo da minha ex-afilhada, mas sempre afilhada *
E a quinta feira nao podia ter sido mais perfeita... primos e amigos que vieram de viseu, aveiro e coimbra para um jantar ( que nao sabiamos que seria) com a malta da FEUP, que terminava naquele dia os exames, seguindo em fila pouco ordenada para a festa de medicina onde encontrei a minha menina dos olhos lindos da católica e fingi ser «british» a noite toda... só porque a Rosa se lembrou de me apresentar como sendo inglesa...

E quando a musica terminou, o silencio deu lugar às ruas junto à praia , com o tipico nevoeiro matinal e o toque do mar frio, terminando numa padaria aconchegante que me aqueceu com o seu café da manha.
Quando fui para casa passava uma musica na radio.. nao sei de quem era, nem a sei cantar... mas tinha um poder que quando conjugado com a chuva que me batia na cara, me fazia chorar- nem sei bem porquê...

Thursday, February 09, 2006

João Pedro

Desde que me conheço que és uma constante na minha vida…
O irmão com quem subia às árvores, aventurava me a fazer saltos, a jogar futebol na rua, a fazer corridas de bicicleta e a fazer teorias sobre a vida das outras pessoas …
A infância passou, fomos acrescentando e retirando alguns amigos na nossa vida, mas éramos sempre um para o outro: entravamos e saiamos juntos de qualquer lado que fosse …
Depois começamos a ser mais crescidos… namoros para aqui, namoros para acolá e eu fui perdendo o ‘meu joão pedro’ para as outras raparigas que imploravam a sua presença constante…
Mas o dilúvio foi a entrada na faculdade que nos separou terrivelmente… via mo nos ao fim de semana, é certo, mas nada voltaria a ser como antes…
Foi minha surpresa portanto, quando ontem recebi a visita inesperada do joão Pedro, que bateu à minha janela e disse como se nada fosse ‘ ainda continuas a preferir estudar de noite..’.
Fomos então para o terraço de minha casa fumar um cigarro, onde outrora nos encontrávamos para o ‘faz-de-conta’, em que assumíamos o papel de investigadores de um crime que teria acontecido algures na nossa imaginação…
‘Os tempos mudam-se, as vontades também …‘
Nesse tempo que para nós foi tão escasso… passaram-se 3 horas e já estava quase a amanhecer… descobri que embora não passemos as 24h de um dia sempre juntos, que há coisas que nunca mudam… o seu ar pacato, a postura de jogar sempre pelo seguro, em contraste com o meu ‘agir sem pensar’… e como a minha mãe diz ‘vai haver sempre um joão Pedro na tua vida’, e este é decerto, eterno… apesar das namoradas, apesar da faculdade… do tempo perdido *

Tuesday, February 07, 2006


Escrevi, baptizei novas cores...
Agora sou, sinto, cedo em blocos de tinta amarela,
Reflexo de um novo sol em mim!