
Perdida entre viagens atribuladas «São João da Madeira-Porto - Porto-São João da Madeira», respirei fundo já no comboio rumo a Aveiro, às 20h35 do dia 14 de Fevereiro, que segundo a experiencia da isa demoraria exactamente uma hora e dois minutos a lá chegar.
E assim foi.
Preparava-mo-nos então para ignorar o festejo daquele dia e gritarmos pelo Dia Nacional do Doente Coronário (bem mais interessante...). Depois de rever as minhas «gentes» de aveiro e de conhecer outras gentes que por ali passavam, tivemos o dito golpe de sorte de encontrar um amigo à muito desaparecido que nos levou para o Porto (a bela cidade do Porto...) num carro comercial (pelo que metade da viagem foi sentada no banco do carro, outra metade algures pela mala do mesmo..) onde prolongamos a noite que em aveiro acabava às 2h. E depois de quatro horas de sono, a quarta feira prolongou-se com amigos, vizinhos, conhecidos... que se juntavam para a chamada 'festa da maluqueira', depois de ter ido assistir ao baptismo da minha ex-afilhada, mas sempre afilhada *
E a quinta feira nao podia ter sido mais perfeita... primos e amigos que vieram de viseu, aveiro e coimbra para um jantar ( que nao sabiamos que seria) com a malta da FEUP, que terminava naquele dia os exames, seguindo em fila pouco ordenada para a festa de medicina onde encontrei a minha menina dos olhos lindos da católica e fingi ser «british» a noite toda... só porque a Rosa se lembrou de me apresentar como sendo inglesa...
E quando a musica terminou, o silencio deu lugar às ruas junto à praia , com o tipico nevoeiro matinal e o toque do mar frio, terminando numa padaria aconchegante que me aqueceu com o seu café da manha.
Quando fui para casa passava uma musica na radio.. nao sei de quem era, nem a sei cantar... mas tinha um poder que quando conjugado com a chuva que me batia na cara, me fazia chorar- nem sei bem porquê...